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    [Ensaio] História de Portugal

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    Mensagem  Admin Seg Ago 08, 2011 7:00 pm

    1000faces escreveu:[hrp]O texto seguinte é a minha proposta de escrita de História de Portugal. Ele pretende ligar a história real com a história que tem sido criada por nós a partir do ano 1455 (fundação de Miranda), e assim dar uma história comum a todos nós que pode ser usada em futuros RPs.

    A Parte I é baseada na história real, com alguns pequenos retoques para fazer a ligação ao nosso mundo dos reinos, nomeadamente fazendo uso de histórias antigas de Gwenhwyfar, de Beatrice, e do perfil de Myrnia, que serve de base à refundação do reino.

    A Parte II baseia-se integralmente em eventos ocorridos durante o jogo, tanto IG como RP.


    Este trabalho não é um ponto de chegada, mas sim ponto de partida. Eu não estive presente até à segunda metade de 1457, pelo que muito me escapou. Por essa razão peço a todos os que têm conhecimentos aqui não descritos, que queiram corrigir datas, nomes ou eventos, ou que tenham sugestões de outros episódios que acham que devam ser descritos, que me contactem.

    Com a ajuda de todos podemos escrever uma história muito rica do nosso reino.

    Obrigado.[/hrp]

    [rp]

    HISTÓRIA DE PORTUGAL

    por Matheus Martins de Almeida e Miranda (dito 1000faces)
    Agosto de 1459




    PARTE I: ANTES DE 1455

    1. AS ORIGENS DO POVO PORTUGUÊS

    O território que hoje constitui Portugal foi habitado desde os tempos mais remotos, tendo a memória dos primeiros povos hoje já desaparecido, permanecendo apenas matéria de lendas. Fala-se de Celtas, Gregos, Cartagineses, e povos talvez ainda mais antigos. Contam-se os feitos quase mitológicos do herói lusitano Viriato, mas só a presença romana deixou registos que a podem documentar com segurança a partir do século II antes da nossa era. Um século depois o Imperador Augusto criou a província da Lusitânia que correspondia grosseiramente ao actual território português. Foi criada a primeira administração territorial, e a língua então falada era o latim vulgar. É a partir de então que os primeiros missionários Aristotélicos entram em Portugal.



    2. OS PRIMEIROS REINOS ARISTOTÉLICOS

    As invasões bárbaras dos séculos IV e V abalaram o Império Romano, causando a sua queda. Com a chamada das legiões para defender a capital, alguns povos germânicos entraram na Península Ibérica, nomeadamente os Suevos, os Vândalos, e os Visigodos. Os Suevos foram os primeiros a estabelecer um reino, com capital em Bracara Augusta (futura Braga), mas este seria anexado ao reino visigótico, por Leovigildo, em 585. O período foi marcado por lutas religiosas, dada a dificuldade da monarquia visigótica em aceitar a presença aristotélica, o que só aconteceria em 586, com a subida ao trono do rei Recaredo. Toda a Península Ibérica ficou então unida e evangelizada, com capital em Toledo.



    3. A INVASÃO MUÇULMANA

    Em 711 a Península Ibérica foi invadida por muçulmanos do norte de África. Os muçulmanos conquistaram quase toda a Península com enorme facilidade, à excepção de uma pequena faixa ao norte (Astúrias). Governaram, durante vários séculos, uma população mista de aristotélicos e muçulmanos, primeiro como uma província norte-africana do império omíada, depois (756–929) como um emirato, o Al-Andalus, que se tornaria mais tarde (929–1031) o Califado de Cordoba, independente do poder Abássida. Com a morte do último califa, Hisham III, em 1031, o Califado de Cordoba dividiu-se em vários reinos rivais, facilitando a reconquista por parte das forças Aristotélicas.



    4. A PRIMEIRA RECONQUISTA E A FUNDAÇÃO DE PORTUGAL

    A chamada "Primeira Reconquista Aristotélica" terá começado logo no século VIII, sob a forma do pequeno Reino das Astúrias. Foi um processo lento, de vários séculos com vários avanços e recuos, e fracturas em diversos reinos (que originariam os os reinos de Castela, Leão, Aragão, Navarra, etc).

    Com a chegada de ajuda de príncipes europeus, o rei de Castela & Leão, D. Afonso VI criou o Condado Portucalense, que entregou a D. Henrique de Borgonha, juntamente com a mão de sua filha, D. Teresa. Foi o filho destes, Afonso Henriques, que após a morte do pai iria reclamar a independência de Portugal, fundando o primeiro Reino de Portugal em 1143, após a batalha de Ourique, onde, reza a lenda, venceu cinco reis muçulmanos, marchando sob o signo da Igreja Aristotélica.



    5. O PRIMEIRO REINO DE PORTUGAL

    D. Afonso Henriques promoveu uma bem sucedida política de conquistas, ajudado pelas tropas cruzadas em passagem para a Terra Santa. Destacou-se nessa altura a primeira chegada a Portugal da Ordem dos Cavaleiros Templários. A conquista levou o rei até sul do rio Tejo, substituindo à sua passagem o poder muçulmano pelo aristotélico, e governando até 1185.

    Os reis seguintes não souberam completar a conquista, governando um território sempre ameaçado a sul pela presença muçulmana e a leste pelo Reino de Castela. Tal viria a originar uma crise dinástica em 1383, quando o rei D. Fernando morreu sem sucessores masculinos, e a sua filha Beatriz estava casada com o rei de Castela.

    A crise seria resolvida com o início de uma nova dinastia, dita de Avis, iniciada por Pedro de Avis, após a vitória do condestável, D. Nuno Álvares Pereira, sobre as tropas castelhanas em 1385 em Aljubarrota (perto de Leiria). Foi por esta altura que se definiu a língua portuguesa e surgiram as primeiras obras literárias escritas em português. Portugal iniciou então a expansão além-mar, com a conquista de Ceuta em 1415, pelas mãos do famoso Infante D. Henrique.



    6. A PERDA DA INDEPENDÊNCIA

    Em 1423 com o assassinato do rei Pedro de Avis e da rainha Elsbeth Luxembourg-Hohenstaufen, o trono português foi usurpado. Portugal perdeu-se em lutas internas pelo poder, e a confusão que se criou foi aproveitada pelo reino muçulmano de Badajoz que viu a oportunidade ideal para voltar a recuperar a soberania, governando sobre todo o território português.

    A população, sem liderança foi forçada a aceitar os novos senhores, havendo no entanto uma parte da nobreza que se refugiou em Castela ou mesmo na Inglaterra.




    PARTE II: DEPOIS DE 1455

    7. (1455) MIRANDA E O NASCIMENTO DO SEGUNDO REINO DE PORTUGAL

    Em Maio de 1455 foi fundado o povoado de Miranda, no norte de Portugal. Ali, independente do poder muçulmando, agrupou-se um povo orgulhoso de ser português, e nasceu nova sede de expansão e conquista. Ainda no mesmo ano deu-se a fundação de novos povoados (Bragança, Chaves, Braga e Lamego), integrados no então chamado Condado de Bragança, cujo primeiro Conde foi Dom Fabrizio de Avis.

    Data ainda de Maio a fundação da Ordem dos Cavaleiros Templários, dirigida pelo seu Grão-mestre, Dom Dom Nuno Álvares Pereira Pato (dito Mighty_pato). E em Outubro foi fundada a Heráldica Portuguesa, que supervisionaria atribuição dos títulos nobiliárquicos, sob direcção de Dama Dark Angel Álvares Cabral (dita Dark_angel).

    No final do ano surgiu um sentimento de recuperação da monarquia nacional, que muitos viam como necessário à unidade do povo. Notáveis forram os esforços de alguns nobres, como o Conde Tropinha78 e Máximo Afonso de Avis (dito Mad_Max2024) que procuraram empenhadamente o segredo da linhagem real perdida, nos livros antigos.



    8. (1456) A COROAÇÃO DA PRIMEIRA RAINHA, E AS INSTITUIÇÕES

    A 5 de Janeiro de 1456, o Condado de Bragança passou a chamar-se Condado do Porto, e como resultado da expansão para sul, no dia 8 do mesmo mês nasceu o Condado de Coimbra, cujo primeiro Conde foi Dom Tugas_eagle de Sagres. Integravam o novo condado as povoações de Lamego, Viseu, Aveiro, Guarda e Leiria (as últimas quatro recém-fundadas).

    Entretanto uma velha criada surgiu em Bragança com as pistas que permitiram encontrar a herdeira perdida do trono de Portugal. Esta revelou-se com sendo Myrnia de Avis, no momento prefeita de Lamego, que logo que foi identificada sofreu uma tentativa de assassinato por agentes do rei de Granada.

    Desde Janeiro que o Rei de Granada, Nahdir Mohammed, exigia a submissão dos Condados portugueses, e a união do povo português em torno de uma rainha era o ponto final nas suas aspirações. Em Fevereiro a guerra aconteceu, com vitória portuguesa das tropas comandadas pela Comandante-chefe, Dama Brisa da Gama, e pelo Grão-Mestre da Ordem dos Cavaleiro Templários, Dom Mighty_pato, com ajuda inglesa e das tropas ainda estacionadas em Ceuta.

    Vencida a batalha, a coroação da rainha aconteceu no dia 29 de Março, numa celebração que trouxe a portugal diversos enviados estrangeiros. Antes tinham sido entregues os primeiros títulos nobiliárquicos para Mighty_Pato (Marquês de Penalva), Tropinha78 (Marquês de Vila Flor), Chrisya (Marquesa de Vila Real) e Fabrizio de Avis (Marquês de Penafiel).

    Data de 24 de Março a primeira Carta Magna de Portugal, assinada pela rainha Myrnia de Avis, que estabeleceu os novos órgãos de poder como a Corte Real, com representação de eleitos dos dois Condados, representantes da nobreza, chefes religiosos e conselheiros da rainha. Nasceu ainda a Corte dos Comuns, órgão de representação de Conselheiros e Prefeitos eleitos pelo povo. A Carta da Corte Real seria aprovada dia 10 de Abril, e como primeiro Conselho Real teríamos: Comandante Chefe: Brisa da Gama; Senescal: Jasterz; Supremo Juiz: Sup3roque; Régio: Filipe Octávio Xavier de Lima (FoxLima); Real Chanceler: Dunpeal Godwin de Avis; Capelão Régio: Mocas. Eram à altura Condessa do Porto, Dama Sccm Gonçalves da Gama, e Conde de Coimbra, Dom Nuno Álvares Pereira Pato (Mighty_pato).

    Fruto da continuada expansão a sul, em parte graças à persistência da peregrinação do missionário Giraldo Sem Pavor, a 17 Abril de 1456 foi fundado o Condado de Lisboa, com os povoados de Montemor, Avis, Évora, Santarém, Setúbal, Crato, Elvas e Alcácer do Sal. Como primeiro conde foi escolhido Dom Tugas_eagle de Sagres, anterior primeiro Conde de Coimbra. No mesmo dia foi fundado o povoado de Alcobaça no Condado de Coimbra, que passou assim a ter sete povoados.

    Foi ainda sob a égide da rainha Myrnia, coadjuvada pelo Maiordomus Curiae, Filipe Octávio Xavier de Lima (dito Foxlima), que foram aprovadas a primeira Lex de Portugal (19 de Abril), os estatutos da Real Chancelaria (22 de Abril), a Carta da Corte dos Nobres (19 de Maio), e o Tribunal de Apelação do Reino (12 de Junho). Nesta altura era ainda a rainha quem nomeava os principais cargos do reino, como o Real Chanceler (nomeando Dom Vega_adc de Cãmoes em 7 de Setembro), o Maiordomum Curiae (caso da Viscondessa de Castelo da Lousã, Kristiana Lorena de Avis, dita Kris_pendragon a 25 de Agosto) e o Comandante.chefe do Exército Real Português (nomeando Dama Soryalinna Catarina da Silva e Sagres a 21 de Junho).

    A 12 de Agosto era a vez de a nobreza se organizar numa câmara, a Corte dos Nobres, cuja primeira presidente foi Dama MilenaOrtiz, Condessa de Monte Real e Viscondessa de Reriz.

    A nível religioso, Portugal ganhou a 28 de Agosto o seu primeiro Cardeal Eleitor, na pessoa de Dom Dunpeal Godwin de Avis. A Igreja Aristotélica Portuguesa, era então reconhecida por Roma reunindo-se desde 20 de Abril na Assembleia Episcopal de Portugal. Esta elegeria em 7 de Dezembro, o Conde da guarda e Visconde do Bom Sucesso, SE Dom Dunpeal Godwin de Avis como primeiro Primaz de Portugal.



    9. (1457) A AUSÊNCIA DA RAINHA E A INTERVENÇÃO ESTRANGEIRA

    As reformas administrativas continuaram em 1457, e a 30 de Janeiro foi estabelecido o formato final do órgão máximo judicial do reino: A Real Casa de Justiça (cujo primeiro Juiz-mor foi Dom Podetalco), e no início de Fevereiro deu-se a fundação das três capitais: Porto, Coimbra e Lisboa.

    Por esta altura Sua Majestade, a rainha Myrnia de Avis, entretanto Duquesa de Beja, iniciou uma longa viagem pela Europa, acompanhada por uma parte dos nobres de sua confiança. Tal levou, em Março, à promulgação de um nova Carta Magna, a qual estabelecia a extinção da "Corte dos Comuns", eleições para a regência do reino e um novo formato para a "Corte Real".

    Seguiu-se a eleição do primeiro regente, e a escolha recaiu no Conde da Vidigueira e Barão de Belém, Dom Araj de Sagres, no momento elevado a Duque de Palmela, e empossado a 7 de Março. Sob a sua regência foram eleitos novos Maiordomus Curiae e Real Chanceler, enquanto a "Corte Real" passava a denominar-se "As Cortes" com Carta aprovada a 22 de Março, e cujo elenco passava a englobar o monarca (ou regente) todos os conselheiros eleitos pelos três condados, um nobre e um prefeito representante de cada Condado.

    A 23 de Julho a Marquesa de Chaves e Condessa de Saldanha, Dama Sccm da Gama, foi eleita segunda Regente de Portugal, numa acessa disputa com Dama Miriam_Cristinne de Sagres-Torre, a Viscondessa de Alcaide, Dama Dreia da Gama, e Dom Matamouros da Silva. Mas o mau estar pela ausência da rainha crescia, causando muitas guerras de palavras no decorrer das quais a própria regente viu os seus títulos de Marquesa e Condessa revogados a 13 de Agosto.

    O clima de mau estar esteve na origem, a 13 de Outubro, da chamada "intervenção estrangeira" que retirou o poder das mãos do monarca e seus representantes, entregando-o apenas aos Conselheiros Condais eleitos pelo povo. Tal resultou na expulsão dos representantes da Corte dos Nobres d'As Cortes, e o início de uma revisão da Carta d'As Cortes, que resultaria na demissão do então Maiordomus Curiae, Monsenhor Voronwe de Merlin e Bragança, Arcebispo de Braga e Visconde de Vila Nova da cerveira.

    Com o regresso ao reino de SM a rainha Myrnia de Avis, no final de 1457, o seu papel passou então a ser meramente simbólico. O próprio cargo de Comandante-chefe do ERP era agora eleito de entre os militares, e depois do comando interino de Nortadas de Albuquerque entre Agosto e Outubro, a 4 de Outubro seria eleito o Visconde de Castelo Branco, Dom Satyrus de Avis Francia).

    Foi ainda em Outubro que o reino recebeu a notícia no início da navegação de alto mar. Iniciou-se a construção do porto de Lisboa, a cargo do Barão de Alvito, Dom Respadaneira Sagres-Torre (presidente da Escola Naval Sagres). Lisboa seria o primeiro de nove portos construtíveis portugueses, sendo os restantes Porto, Aveiro, Lamego, Leiria, Alcobaça, Santarém, Setúbal e Alcácer do Sal.

    Outubro seria ainda marcado por outro evento, a independência temporária de Alcácer do Sal. No dia 10, quando o exército condal, comandado por Dom Kokkas de Monforte, reprimia uma revolta. O incidente, aliado ao desaparecimento do então Conde Martimen, levou a que alguns populares, comandados pelo prefeito Mrrdionisio, insistissem na permanência da povoação fora do Condado de Lisboa. O novo Conde interino, Platypon Egas Moniz (dito Platy), enviou novo exército condal, comandado pelo Duque de Palmela, Dom Araj de Sagres, que após alguns dias venceria os resistentes, trazendo Alcácer de volta ao Condado de Lisboa.

    A nível religioso houve a assinalar a elevação a 7 de Março do Arcebispo de Lisboa, Monsenhor Dom Rodericvs Matthaevmm, a Cardeal Nacional Sufragante. No entanto o mesmo veria o seu cargo revogado a 30 de Agosto, pelo que Portugal continuaria com apenas um cardeal em Roma.

    Destaque-se ainda uma novidade económica, quando a 19 de Agosto se revelou a descoberta de uma mina de sal no Condado de Lisboa, mais concretamente a noroeste da povoação de Setúbal.



    10. (1458) A ERA D'AS CORTES

    Foi no início de 1458, durante a governação em Lisboa do Conde Platypon Egas Moniz, que aconteceu a primeira grande crise militar nacional, com a chamada "Guerra do Crato", entre Janeiro em Fevereiro. Um exército da Ordem dos Capitalistas Selvagens, liderado por Xpeculatorfriend, tomou a povoação do Crato, e decretou-a independente do Condado de Lisboa. O Condado reagiu enviando um exército comandado pelo Duque de Palmela, Dom Araj de Sagres, para tomar o Crato. Após algumas semanas, de luta, e com a chegada de militares de outros condados, e de mais um exército condal, liderado pela Baronesa de Alenquer, Dama Bads Helena de Alenquer, os independentistas foram derrotados e o Crato voltou a ser reintegrado no Condado de Lisboa. Seguiu uma disputada batalha legal na qual muitos dos insurgentes foram condenados a penas graves.

    Data de 13 de Janeiro a fundação da Real Academia de Letras, instituição dedicada a reunir e divulgar a literatura do reino de Portugal, fundada por Dama Aghata Martins de Almeida e Beckwith, Reverendo Dom Martimen, e Matheus Martins de Almeida e Miranda (dito 1000faces).

    A nível religioso, a 15 de Fevereiro, deu-se a elevação do Bispo de Lisboa e Visconde do Barreiro, Monsenhor Dom Luznik de Setúbal, à posição de Cardeal Nacional Eleitor, juntando-se assim a SE Dom Dunpeal Godwin de Avis, como segundo cardeal português.

    Ainda em Fevereiro, o porto de Lisboa foi elevado a nível 2, sendo o primeiro de Portugal a obter esse nível. A obra foi completada por Dama Marih Beatrice Viana de Camões, viúva do anterior capitão do porto, Dom Respadaneira Sagres-Torre, que morrera no início de Janeiro.

    A 4 de Março a Escola Naval Sagres, até então entidade privada da família Sagres, teve novos estatutos aprovados n'As Cortes, que fizeram dela uma instituição pública. Dirigida pelo Marquês de Santa Iria, Dom Tugas_Eagle de Sagres, tornou-se local de estudo, tradução e divulgação de documentação sobre as ciências náuticas. A 16 do mesmo mês também o MANM viria o seu novo Estatuto aprovado.

    A nível administrativo As Cortes (dominada pela figura do então Visconde da Nazaré, Dom Nortadas de Albuquerque, Maiordomus Curiae durante todo o ano) dedicaram-se a uma tentativa de escrita de nova Constituição, a qual não seria terminada. Melhor sorte teria a Real Casa da Justiça e a Real Chancelaria que, bloqueadas desde a intervenção de 13 de Outubro de 1457, teriam novos regulamentos aprovados a 3 de Agosto e 26 de Setembro, respectivamente.

    Também a Assembleia dos Prefeitos seria reactivada a 29 de Julho, por iniciativa de Dom John de Sousa Coutinho (dito John_of_portugal) à altura prefeito de Avis, tendo a sua Carta aprovada n'As Cortes a 21 de Novembro.

    Mas o ponto mais quente em discussão n'As Cortes terá sido uma acusação de abuso de poder ao Maiordomus Curiae, na sequência da atribulada atribuição em Março de um título de Duquesa à Condessa de Corte Real e Viscondessa de Reriz, Dama MilenaOrtiz, Mestre de Armas da Heráldica Portuguesa desde Dezembro de 1456. Este incidente levaria ao afastamento desta da presidência do Conselho de Sintra e conseguinte destruição do espólio artístico da Heráldica Portuguesa. Em sua substituição seria eleita a Baronesa de Alenquer, Dama Bads Helena de Alenquer, à altura Presidente da Corte dos Nobres.

    O final do ano marcou o início dos ataques estrangeiros a Portugal. Tudo começou com o atraque forçado no porto de Lisboa de um navio de guerra comandado por Elfnoire, que causou a destruição de dois navios portugueses: "A Caravela", de Marco Martins de Miranda (primeiro navio português, construído em Maio), e "São Gabriel" do Barão de Arruda, Dom Leomion Martins de Almeida. O Conde de Lisboa FilipeSilva de Monte Cristo negociaria a retirada do navio de Elfnoire, sem outras consequências para Lisboa.

    A 15 de Dezembro deu-se a morte de Monsenhor Voronwe de Merlin-Bragança, à altura Arcebispo de Braga, e Visconde de Vila Nova de Cerveira.

    O ano terminou com as primeiras eleições reais, onde Dom Mightymacky Malaquias de Monforte venceu, após uma disputada campanha com Dama Myrnia de Avis (com o declarado apoio da Corte dos Nobres) e Srfrancisco. Dom Mac de Monforte, tornou-se assim o primeiro rei eleito de Portugal.



    11. (1459) O PRIMEIRO REI ELEITO, E OS ATAQUES ESTRANGEIROS

    A coroação do novo rei aconteceu a 23 de Janeiro, presidida pelo então Primaz de Portugal, Monsenhor Dom Alexandre do Zêzere, Arcebispo de Évora e Conde de tomar. A cerimónia foi em simultâneo de casamento real entre Dom Mac de Monforte, e Dama Ellinha Gonçalves da Silva.

    Mas o estado de graça do novo monarca foi logo manchado pelo mau estar criado pela declaração pública do Marquês de Santa Iria, Dom Tugas_eagle, de que não se curvaria perante o novo rei, o que levou a que a Heráldica Portuguesa (à altura liderada pelo Marquês de Vila Real, Dom Vega_adc de Camões) lhe suspendesse o título, até Dom Tugas_eagle finalmente prestar o juramento real.

    Ainda em Janeiro, tiveram início os trabalhos do novo Conselho Real, que se dedicava ao aconselhamento do monarca, e cuja face mais visível seria o seu Gabinete Legislativo, empenhado a rever a Constituição, da qual produziu vários livros, aprovados n'As Cortes ao longo do ano.

    Em Fevereiro voltavam os problemas com piratas estrangeiros, quando o navio "Zoi", perseguiu em alto mar, o navio português "Espartano" propriedade do Duque de Palmela, Dom Araj de Sagres, com os Duques e elementos da sua família a bordo. A perseguição deu-se até ao porto de Santarém, tendo o Espartano chegado bastante danificado.

    Ao mesmo tempo, a 8 de Fevereiro, novas mudanças chegavam ao comando do Exército Real Português, com a eleição do novo Comandante-chefe, o Conde de Soure, Dom Pedro Affonso de Camões e Silva (dito Amigo.solitario), que prometia uma modernização do principal exército português.

    A ameaça estrangeira levou à aprovação, em Fevereiro, n'As Cortes, do Decreto de Segurança Nacional, que exige o pedido de autorização de permanência a todos os cidadãos estrangeiros. Além disso criou no povo a necessidade de evoluir os portos, particularmente em Santarém e Lisboa, que dominados por dois ramos da família Sagres (Tugas_eagle e esposa Prispinheiro Beckwith de Carvalho, em Lisboa, e o seu irmão Araj e esposa Marih Beatrice Viana de Camões em Santarém), competiram nas respectivas evoluções.

    A 21 de Fevereiro deu-se o primeiro torneio de nobres do Reino de Portugal, organizado pelo Presidente da Corte dos Nobres, o Visconde de Monsanto, Dom Harkonen de Albuquerque. Este torneio sagrou como vencedor, o Duque de Palmela, Dom Araj de Sagres.

    Mas os ataques estrangeiros ainda mal tinham começado, e a 23 de Fevereiro o Castelo do Porto foi tomado por um conjunto de nobres franceses, liderados por Linex, que depos o conselho presidido pelo Barão de Paranhos e então Conde do Porto, William_von da Gama. Foi a primeira vez que um castelo português foi tomado por forças estrangeiras. Só a 2 de Março as forças do Porto, lideradas pela Condessa de Saldanha, Dama Sccm Gonçalves da Gama, recuperaram o Castelo.

    Como uma desgraça nunca vem só, a 28 de Fevereiro os povoados de Miranda e Bragança foram encerrados devido a catástrofes naturais. O mesmo se esperava que acontecesse nalgumas povoações de Coimbra e Lisboa. O Condado do Porto ficou então reduzido à cidade do Porto, e povoados de Braga e Chaves.

    Em 24 de Abril foi a vez de um exército de piratas genoveses, comandados por Margab, tomar o Castelo do Porto, depondo a Baronesa de Vila Nova de Gaia e então Condessa do Porto, Anokas Highlander Muniz. Desta vez a ameaça parecia maior, já que dois exércitos invasores se moviam livremente pelo Condado do Porto, e arredores de Aveiro. Seguiu-se algum pânico, perante o crescente número de estrangeiros, que originou até a breve tomada de Santarém dia 18 de Abril por Rastero.

    O Conselho de Guerra de Sua Majestade Dom Mac de Monforte reuniu pela primeira vez, decidindo pela formação de dois exércitos em Coimbra (comandados pelo Barão da Serra da Estrela, Dom Psycorps da Guarda, e pelo Visconde de Monsanto, Dom Harkonen de Albuquerque) e um em Lisboa (comandado pelo Conde do Restelo, Dom Kokkas de Monforte), o que provocou uma mobilização geral dos cidadãos do reino.

    A 5 de Maio, um grupo de cidadãos do Porto, comandados por Joba de Miranda entrou no Castelo, repondo a normalidade, enquanto os exércitos portugueses varriam as estradas. O grosso do exército inimigo retirou-se por mar sem combate, deixando alguns bandos atrás, que fugiram por terra, não sem antes provocarem alguns assaltos nas Casas do Povo do Porto e de Braga.

    Mas o reinado de Dom Mac de Monforte seria marcado também por problemas internos, em particular os conflitos com a Heráldica Portuguesa, nomeadamente pela exigência de Sua Majestade na reorganização interna da instituição, na revogação do título de Viscondessa de Alcaide a Dama Dreia da Gama, e no reconhecimento da hereditariedade do seu novo título de Duque de Bragança. Tais divergências causariam a demissão do Mestre-de-Armas Dom Vega_adc de Camões, e um braço de ferro com o seu sucessor desde 21 de Fevereiro, o Duque de Palmela, Dom Araj de Sagres. Não obstante, a Heráldica Portuguesa via finalmente os seus novos Estatutos aprovados a 20 de Julho, altura em que o monarca cederia no seu braço de ferro.

    Outras iniciativas reais foram, em Maio, a fundação da Ordem do Leão de Prata, e a 7 de Junho, a promulgação da Real Casa da Moeda, que se propôs a cunhar a nova moeda do reino.

    A 29 de Julho o porto de Santarém, sob o comando da Duquesa de Palmela, Dama Marih Beatrice Viana de Camões foi elevado a nível 3, sendo o primeiro porto português a atingir esse nível.

    A nível religioso há a assinalar a abdicação de SE Dom Luznik de Setúbal, de Bispo de Lisboa, e a revogação de SE Dom Dunpeal Godwin de Avis, Bispo da Guarda. Tal deixou Portugal sem Cardeais em Roma durante algum tempo. Este facto seria rectificado com as elevações a 7 de Julho do então Primaz de Portugal, Bispo de Coimbra e Visconde de Britiande, Monsenhor Dom Miguel Ângelo Albuquerque (dito Miguel_1993) a Cardeal Nacional Eleitor; e do Arcebispo de Évora e Conde de Tomar, Monsenhor Dom Alexandre do Zêzere (dito DuqueZezere) a Cardeal Nacional Sufragâneo.



    APÊNDICE I: OS REIS DE PORTUGAL

    Casa de Borgonha
    Afonso I (1143-1185)
    Sancho I (1185-1211)
    Afonso II (1211-1223)
    Sancho II (1223-1247)
    Afonso III (1247-1279)
    Dinis I (1279-1325)
    Afonso IV (1325-1357)
    Pedro I (1357-1367)
    Fernando I (1367-1383)

    Casa de Avis
    Pedro II de Avis (1385-1423)
    -- interregno (ocupação muçulmana)
    Myrnia de Avis (1456-1458)

    Os Reis Eleitos
    Mightymacky de Monforte (31/Dezembro/1458- ...)



    APÊNDICE II: FONTES BIBLIOGRÁFICAS

    Perfis:
    Perfil de Myrnia de Avis

    Livros:
    Domfilipeiv, "O Cerco à Cidade do Crato", RAL, 1458
    Gwenhwyfar de Albuquerque, "O Diário de Sibilla de Albuquerque", RAL, 1458
    Beatrice, "As Aventuras em Ceuta", RAL, 1459
    Liadan D'Ayres, "As cartas", RAL, 1459

    Jornais:
    "O Descobridor", Hemeroteca Nacional, 1457-1458
    "Jornal do Reino de Portugal", http://reinodeportugal.wordpress.com

    Arquivos:
    Arquivo de Ciências Sociais da Biblioteca Real Portuguesa
    Torre do Tombo da Biblioteca Real Portuguesa
    Torre do Tombo do Castelo Real

    Outros textos:
    "O mensageiro." in RPs Históricos de Portugal
    "O Rei de Portugal" in RPs Históricos de Portugal
    "O mensageiro e o rei" in RPs Históricos de Portugal
    "Espartano x Zoi: relatos duma batalha em alto mar" in RPs Históricos de Portugal
    "Batismo do primeiro navio português" in RPs Históricos de Portugal
    "Giraldo, a história de um homem santo" in Praça Pública
    [/rp]

      Data/hora atual: Sáb Abr 27, 2024 1:16 pm