Sccm escreveu:Este ultimato foi recentemente divulgado por todo o Reino, alertando para a necessidade de combater as dívidas condais, e anunciando que iriam ser implementadas algumas mudanças que, para já, são desconhecidas.
É bem sabido que a maior riqueza de um Condado e de um Reino é a sua população activa, pois ela constitui o motor da economia, da segurança e do bem-estar social.
Há alguns anos atrás, havendo diferentes partidos políticos nas disputas eleitorais, estes tinham a preocupação de formar os seus quadros nos aspectos práticos da governação das Casas do Povo e dos Condados. Pouco a pouco, esse intenso debate político foi-se atenuando, o confronto ideológico morrendo e a necessidade de formar quadros competentes aparentemente desapareceu do mapa. Por muitos guias que se publiquem, nada dispensa o contacto informal com quem sabe esclarecer as dúvidas práticas que surgem no quotidiano. Este pode ter sido um dos factores a contribuir, mas não foi o único.
Por outro lado, vivemos num sistema económico fechado, com limitações que nos manietam, impedindo a implementação de alterações financeiras e económicas substanciais, que seriam capazes de inverter o declínio que se tem verificado.
Houve também alguns erros estratégicos.
Depois de uma ampla e apressada expansão territorial, que se revelou precipitada por não ter base de sustentação em habitantes reais ( pela proliferação de bruxaria ), assistimos desde há algum tempo a um declínio populacional, que somente tem agravado a situação económica, já anteriormente precária. A meu ver, aqui reside um dos principais motivos da deterioração económica. Sem população activa suficiente para encher as minas, escoar os mercados, explorar os recursos naturais e colaborar em defesas organizadas, sejam de cariz militar sejam de cariz civil, mais rapidamente caminhamos para o abismo.
Já venho dizendo ( há dois ou três anos a esta parte ) que os deuses poderiam ( e deveriam ) lançar sobre os campos e habitantes mecanismos naturais capazes de favorecer a economia, a saber:
Desgaste das roupas e calçado, obrigando à sua renovação periódica, e estimulando a actividade das oficinas de tecelagem, a criação de carneiros ( directamente ) e a actividade dos ferreiros para a produção de facas ( indirectamente );
Alterações climatéricas / biológicas capazes de influenciar a produtividade dos campos ( chuva, granizo, geada, calor, pragas, ervas daninhas, etc ). Por exemplo, a cultura A teria um aumento de produtividade em climas quentes e secos, enquanto a cultura B só poderia desenvolver-se em solos bem irrigados e climas chuvosos. O granizo e as pragas destruiriam as culturas, e assim por diante.
Deterioração dos alimentos, que teria como consequência:
- evitar o armazenamento de grandes quantidades de alimentos nas propriedades individuais para especulação e subida artificial de preços;
- evitar que quem produz alimentos o faça de forma ininterrupta nas suas oficinas e propriedades, produzindo o estritamente necessário para consumo próprio e para a comunidade a que pertence, o que iria favorecer a participação nas actividades comunitárias ( minas e defesas );
Culturas específicas de cada povoação, sem contar, é claro, com os produtos regionais em que isso já se verifica. Tal como cada povoação tem o seu recurso natural, poderia também ter uma cultura específica, por forma a obrigar às trocas comerciais entre povoações, seja por intermédio das Casas do Povo, do Comissário do Comércio, seja por iniciativa privada. Tudo o que possa favorecer as viagens ajuda a descongestionar os mercados.
Activar plenamente a Via da Ciência, não só para enriquecimento cultural e profissional dos que dedicaram os seus estudos a esta causa ( OOC RP / OOC ), mas também para que as doenças influenciem os habitantes ( OOC IG /OOC). Cada doença faria perder definitivamente determinado(s) stat(s), o que forçosamente levaria a um aumento do consumo dos produtos à venda no mercado.
Criar novas culturas ligadas especificamente à Via Científica ( exemplo: plantas medicinais ) ou permitir que essas mesmas plantas fossem colhidas na floresta e/ou no pomar, manualmente ou usando algum utensílio para o efeito. ( Possibilidade dos carpinteiros e/ou ferreiros criarem um novo utensílio ). Assim, teríamos uma vida em sociedade mais rica, com duas novas profissões: a de médico e a de boticário.
Permitir que os Condados possam determinar que salário pagam nas minas, em igualdade de circunstâncias com os valores praticados nos campos, na construção de portos, na contratação de funcionários públicos e de professores universitários. Um salário de 15 cruzados dificilmente poderá competir com um salário de 20 cruzados ou superior.
Para fazer face à corrupção e esbanjamento ( OOC que ronda actualmente os 50 cruzados por povoação, com oscilações diárias /OOC ):
- activar as taxas portuárias;
- permitir que a cobrança de impostos seja feita directamente pelos Condados, ficando a cargo destes redistribuir as receitas consoante as necessidades de cada povoação. Desta forma, evitar-se-iam os múltiplos golpes resultantes de assaltos às Casas do Povo, em que são cobrados impostos de 50 cruzados por campo e oficina;
- fazer com que todos os gastos inerentes aos mecanismos ( OOC ingame /OOC ) de subida de nível, abertura de tabernas, multas aplicadas pelo tribunal e aquisição de cerveja sejam directamente canalizadas para os cofres condais e tenham alguma utilidade;
Promover o trabalho mineiro, a principal fonte de rendimento dos Condados, a par com a criação de animais e actividade comercial, como fontes subsidiárias.
Não sabemos ainda o que nos espera, mas podemos utilizar este tópico para duas coisas importantes:
1) Consciencializarmo-nos de que, tal como as coisas estão, o trabalho mineiro continua a ser a melhor solução para " sairmos da crise ";
2) Discutir e analisar ideias que, dentro dos condicionalismos existentes, nos permitam mobilizar a população para combater os tempos de vacas que já não são magras mas sim esqueléticas.