Vera Cruz

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    Guia para um bom RP ( 3 nov )

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    Guia para um bom RP ( 3 nov ) Empty Guia para um bom RP ( 3 nov )

    Mensagem  Admin Sex Nov 11, 2011 6:13 pm

    1000faces escreveu:Guia para um bom RP

    Sendo os Reinos da Renascença um jogo onde a componente “roleplay” (RP) é a motivação que complementa a aplicação das regras do jogo “in-game” (IG), quere-se com este guia promover a prática de um RP criativo e estimulante que possa levar mais jogadores a interagir de um modo divertido e imaginativo.

    Por RP entende-se “Role Play”, isto é a interpretação de papéis. Trata-se de recriarmos um personagem diferente de nós próprios, usando-o numa espécie de teatro improvisado, onde os papéis são construídos interactivamente pelos diversos jogadores, numa história que se constrói jogando.



    1. Onde se pratica o RP nos Reinos da Renascença?
    • O local privilegiado para a prática do RP nos Reinos da Renascença é o fórum online. Todos os jogadores têm acesso ao fórum do seu país, condado e povoação, bem como mais alguns fóruns temáticos (Castelo Real, Igreja, etc.), podendo aí ler notícias, participar em histórias de outros personagens, criar as suas próprias histórias e aprender sobre o que se passa à sua volta no contexto do Reino.

    • Para além do seu personagem, cada jogador pode ainda criar "personagens não jogadores" (PNJ), isto é personagens que existem apenas no fórum, não tendo correspondência com nenhum personagem do jogo. Estes personagens devem ser entendidos como parte das histórias criadas pelo jogador, servindo apenas como personagens alternativos no desenrolar dessas histórias.
        Exemplos: O mordomo pode ser um PNJ, cujo objectivo é participar nos RP que decorrem na casa do personagem, recebendo os outros personagens. O secretário envia as cartas em nome do personagem. Etc.

        ATENÇÃO: Os PNJ não devem nunca ser usados como máscaras do próprio jogador para interferir com situações ou outros jogadores, directa ou indirectamente.

      Exemplo de um uso correcto de PNJ
      Guia para um bom RP ( 3 nov ) Guiarp01

    • Além dos tópicos criados no fórum, o RP pode ser feito ainda:
      • Nas Tavernas do jogo, onde se pode conviver com vários personagens ao mesmo tempo.
      • nas cartas escritas directamente a outros personagens pelo sistema de "Mensagem Privada" (PM) do próprio fórum;
      • nas cartas escritas directamente a outros personagens através do jogo.
      • usando outros sistemas de comunicação (por exemplo email ou chat)
      • através da criação de locais da internet alternativos (websites), onde se coloquem fórums, páginas pessoais, portais, páginas de apresentação instituições ou associações descritas no fórum, jornais com notícias dos Reinos, etc. (Ver Apêndice III)


    2. Atenções especiais na criação de um bom RP
    • O jogador de Reinos nunca deve confundir jogadores com personagens. O personagem é descrito no jogo, como uma pessoa que vive na segunda metade do século XV, que tem uma determinada profissão, desempenha determinados cargos públicos, tem um conjunto de características, aspirações e motivações políticas e religiosas. O jogador é alguém completamente diferente, com experiência do século XXI, e que não tem necessariamente as mesmas características nem crenças religiosas ou políticas.

    • Num bom RP cada personagem dirige-se apenas aos outros personagens, por aquilo que eles representam no RP que escolheram para si. É completamente desautorizada a referência aos jogadores que estão por detrás dos personagens, seja directa ou indirectamente.

    • O jogador deve abster-se de usar referências, objectos ou situações não compatíveis com o tempo representado no jogo (final de século XV).
        Exemplo: O uso da foto de alguém que chega de smoking, saindo de um Lamborghini, exibindo o seu relógio Rolex, enquanto oferece um telemóvel como prenda de casamento, a uma noiva que antes víramos de lingerie num salão de beleza que não faz qualquer sentido, pois não se coaduna com a época representada no jogo.

        Nota: Conquanto não se peça a ninguém que seja perito em história, há limites de bom senso que não devem ser ultrapassados, e todos os jogadores devem fazer um esforço para dar mais realismo à época que se pretende representar, seja na escolha de fotos (roupas, objectos) seja na linguagem usada. A oportunidade de aprender através da pesquisa de factos históricos, objectos de época e arte (música, literatura, pintura) só vem enriquecer o RP e o jogador.


    3. Começar o seu personagem RP
    • DEFINIÇÃO: Cada jogador deve começar por definir o seu personagem. Para isto deve ter claro que traços de personalidade ele deve mostrar (agressivo? tolerante? altruísta? ambicioso? honesto? desleal? etc). Deve ainda definir que objectivos tem (militares? políticos? comerciais? religiosos? etc). Por fim, com base em todas estas características deve escrever uma pequena apresentação (por exemplo no perfil IG), incluíndo uma história (fictícia) da sua vida, para dar a todos uma ideia de quem é.

    • COERÊNCIA: Um personagem constrói-se aos poucos, no entanto há algo fundamental nessa construção: coerência. Um personagem deve assumir-se de acordo com as suas características. Se é um padre, se é um político, se é um ladrão, se é um militar, deve agir como tal, respeitando as características associadas a cada uma dessas escolhas.

    • ÉPOCA: A época em que o jogo Reinos da Renascença decorre é a segunda metade do século XV (2010 corresponde a 1458). Procure por isso adequar os seus modos e palavras àqueles que fariam sentido na época. Tenha em atenção que:
      • Se vive numa monarquia fortemente hierarquizada, do final da Idade Média.
      • Se vive num regime muito controlado pela Igreja.
      • Atravessar o reino demora dias.
      • Se inicia a expansão marítima.
      • Existem classes sociais definidas, havendo necessária deferência no tratamento entre as pessoas.
        Ver exemplos de tratamentos de deferência mais abaixo no Apêndice II


    4. A linguagem do RP
    • Utilize uma linguagem formal, adequada a cada situação. Lembre-se que ao tratar um Duque ou um Bispo, deve usar uma deferência diferente da que usa com um amigo.

    • Evite usar abreviaturas (como aquelas do sms) e termos modernos, muito particularmente termos tecnológicos e informáticos. Diga “carta” em vez de “e-mail”; “discurso” em vez de “post”; “assunto” em vez de “tópico”; etc.

    • Evite usar emoticons.

    • Não use mais que uma foto por post.

    • Evite usar muitas cores no seu texto. Uma solução será usar uma cor base para a narração, e essa cor em negrito para o diálogo directo.

      Exemplo de uma narrativa simples.
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      Exemplo de uma narrativa com diálogo.
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      Exemplo de uma narrativa com pensamentos.
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    5. O comportamento no RP
    • Se o RP foi iniciado por outros jogadores, comece por lê-lo e participar no contexto por eles criado, não o modificando segundo a sua conveniência
        Exemplo: Se o RP é sobre o jantar na casa de alguém, o seu personagem entra como convidado, deve comportar-se como tal.

    • Lembre-se que o seu personagem não pode saber os pensamentos dos outros, mesmo que tenham sido narrados no texto acima.

    • Quando escreve o seu texto não pode nunca atribuir acções ou palavras a outro personagem, sem o consentimento prévio do jogador que o controla.

    • Do mesmo modo não pode descrever situações em que a acção de outro personagem fique condicionada.
        Exemplo: não pode criar uma situação em que outro personagem foi ferido ou morto sem o consentimento prévio do jogador que o controla.

    • Se por alguma razão o seu personagem morrer, e voltar a jogar com outro personagem, lembre-se de que é OUTRO personagem. Não tem o mesmo nome, a mesma história, a mesma família, nem os mesmos cargos.


    6. O espaço no RP
    • Cada RP está associado ao espaço em que a sua acção decorre (o palácio real: a praça de uma povoação; a casa de uma personagem). Lembre-se do local onde está e comporte-se de acordo com isso.
      Exemplo: se está no Palácio Real não correr ou gritar como se estivesse na rua.

    • Uma pessoa não pode ter informação sobre o que se passa num local onde não está.
        Exemplo: Se não está num jantar em casa de um personagem, não pode comentar sobre o que lá se está a passar.

    • Um personagem não tem possibilidade de estar presente em todos os locais ao mesmo tempo (Palácio Real, Praça do Condado, Praça da Povoação). Faça uso de mensageiros e cartas para marcar a sua presença.


    7. O uso do OOC
    • OOC é o acrónimo de “out of context” (fora de contexto) referindo-se a notas inseridas no RP que não fazem parte do RP. Elas são habitualmente usadas para justificar algo que condiciona o RP, por exemplo uma mensagem entre jogadores sobre o contexto do RP, ou alguma informação sobre informática que algum jogador necessite para prosseguir o RP.
        Nota: Outro sinónimo é FDT: “Fora de tema”.

    • O OOC deve ser usado só em último caso, apenas em extrema necessidade, e o mais sucintamente possível. Os jogadores devem sempre procurar outras formas de comunicar (email, chat) para resolver alguma questão relacionada com o prosseguimento do RP.

      Exemplo de um uso correcto do OOC.
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    • Quando se faz RP as palavras ou expressões: “RP”, “jogo”, “personagem”, “jogador”, “regras do jogo”, “níveis”, “username”, “login”, “password”, “erradicação”, “conta”, “reset” não fazem sentido, pois elas existem apenas no ponto de vista do jogador real, não no universo dos Reinos da Renascença.


    8. Como fazer um RP imaginativo
    Não há limites para a imaginação. Desse modo não há uma forma de fazer RP, existem tantas quantas a nossa imaginação quiser, na sã interacção com outros jogadores. Um RP será mais rico se vários jogadores contribuirem em conjunto para construir uma linha de acção comum e coerente. Deixamos aqui alguns conselhos:

    • Começando pela sua personagem, dê uma descrição de quem é (preferencialmente no perfil IG). Seja colorido na descrição da sua origem, condição, características, actividades, objectivos, pois isso dará um ponto de partida aos outros jogadores para criarem ligações entre personagens.

    • Se possível prepare uma história familiar que conte aventuras passadas, relações familiares distantes, algo que sirva de pano de fundo para RPs futuros e ligações entre outros personagens.

    • Fale com os outros jogadores fora do ambiente do jogo (email, chat, etc) para combinarem RPs comuns. Estes podem ser de longa duração (exemplo uma relação familiar entre dois ou mais personagens), ou apenas temporais (exemplo um passeio pela cidade partilhado por dois ou mais personagens). A combinação prévia entre os jogadores pode estimular histórias mais complexas, longas e organizadas.

    • Se quer começar um RP tem uma imensidão de temas à sua escolha: Um passeio pela sua cidade; a descrição da sua casa; factos sobre a sua profissão; histórias familiares; uma discussão sobre política do reino; a descrição de uma viagem; uma sessão de contos à lareira; um jantar de família; uma história antiga; uma aventura; etc.

    • Escreva mais que uma linha. Não entre num RP para dizer apenas “Sim” ou “Olá”. Seja criativo, descreva o que vê, o que pensa, o que o leva ali. Com algumas linhas pode ajudar a criar o ambiente em que o RP decorre, e com isso motivar a participação de mais pessoas.

    • Use imagens ou fotos de forma comedida (nunca mais que uma por post) e respeitando a época do jogo. Elas devem servir como um mote para a sua participação no RP, mas não devem ser a totalidade do RP. Sempre que possível use descrições em vez de fotos.
        Uma descrição de um prato de banquete, com detalhes como o aroma, a arrumação no prato, a maneira de servir, pode atingir melhor os sentidos que uma simples fotografia, uma vez que brinca com a imaginação do leitor.

    • Quando se dirigir a outros personagens, seja em diálogo, seja com perguntas, lembre-se da posição social que ocupam. Use de reverência para com um nobre ou um clérigo. Faça a interpelação em forma de carta se o seu personagem não pode estar no local, ou se a pessoa em causa não é das suas relações.


    9. Notas finais de boa conduta
    • Ao utilizar textos de outros autores, é de bom tom indicar de quem é o trabalho.

    • Ao citar falas de outras personagens, utilizar o comando “quote” para se perceber que frases se está a comentar.

    • Não escreva directamente no fórum, use um editor de texto onde pode compôr o seu texto, relê-lo com cuidado, e de seguida, usando um corrector ortográfico, garantir que ele não tem erros. Um texto bem estruturado e limpo de erros é de muito mais agradável leitura.


    APÊNDICE I: Exemplo de um bom RP
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      Guia para um bom RP ( 3 nov ) Guiarp08

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    APÊNDICE II: Formas de tratamentos das personagens dos Reinos da Renascença
    • Clero
      • Papa -> Vossa Santidade, Santíssimo Padre ou Beatíssimo Padre
      • Cardeal -> Vossa Eminência, Vossa Eminência Reverendíssima, Eminentíssimo Senhor, prelado...
      • Arcebispo metropolitano -> Mui Reverendíssimo Monsenhor, Vossa Excelência, Vossa Excelência Reverendíssima, Vossa Graça, prelado...
      • Arcebispo sufragâneo -> Reverendíssimo Monsenhor, Vossa Excelência, Vossa Excelência Reverendíssima, Vossa Graça, prelado ...
      • Bispo sufragâneo -> Reverendo Monsenhor, Vossa Excelência Reverendíssima, Vossa Graça, prelado...
      • Vigário Geral -> Monsenhor, Vossa Excelência...
      • Vigário Diocesano -> Monsenhor...
      • Protonotários Apostólicos -> Reverendíssimo Monsenhor...
      • Abades e Superiores de Mosteiros -> Vossa Paternidade
      • Pároco -> Pároco
      • Todos os demais cargos do clero adquirem o seu título do seu cargo, ou equivalente.
          Exemplos: Vossa Eminência Reverendíssima Cardeal Dom Miguel de Albuquerque, Arcebispo de Braga
          Vossa Excelência Reverendíssima, Dom Alexandre do Zêzere, Arcebispo de Évora

    • Nobreza
      • Monarca -> Vossa Majestade (V.M.)
      • Príncipes e infantes da Família Real -> Vossa Alteza Real (V.A.R.)
      • Duques da Família Real -> Vossa Alteza (V.A.)
      • Nobres -> Vossa Graça (V.G.)
      • Regente; Presidente de Instituição/Organização; Conselheiros Condais; Prefeitos; Embaixadores; Generais; demais cargos de chefia -> Vossa Excelência (V. Ex.ª)
      • Reitores de Universidade. -> Vossa Magnificência (V. Mag.ª)
      • Juizes -> Meritíssimo Juiz (M. Juiz)
      • Autoridades em geral -> Vossa Senhoria (V. S.ª)
      • Homens em geral -> Senhor (Sr.)
      • Mulheres em geral -> Senhora (Sr.ª)
          Exemplos: Vossa Majestade, D. Nortadas de Albuquerque, Rei de Portugal
          Vossa Graça Dom Araj, Duque de Sagres


    APÊNDICE III: Alguns exemplos de websites dedicadas aos Reinos da Renascença

    Referem-se apenas alguns, e podem nem estar todos já activos. Para uma lista exaustiva e mais actualizada consultar o tópico “Os Reinos Fora dos Reinos” na “Sala de Estar” do fórum principal.



    FINALMENTE

    Lembre-se de que os Reinos da Renascença não é um jogo onde se ganha nada. Não há qualquer tipo de classificação entre os jogadores. O objectivo do jogo é simplesmente estimular a criatividade e a interacção saudável entre os jogadores na construção de inúmeros cenários e histórias de roleplay. Divirta-se com isso!



    Autoria: 1000faces, com a ajuda de Alegnasea.
    Todos os prints foram retirados do fórum principal do jogo. São apenas ilustrativos, e servem como homenagem aos autores.

      Data/hora atual: Qui Abr 18, 2024 11:36 pm